sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um pouco de Cinema...

Com certeza o cinema faz parte da sua vida. Ele é essencial na vida moderna. Essa invenção foi possível a partir dos progressos na técnica da fotografia, associados a idéias antigas, como a dos primeiros teatros de sombras (que os orientais projetavam na parede para contar uma historia), das marionetes de da lanterna mágica (figuras ampliadas e projetadas a partir de vidros ilustrados diante da iluminação de uma vela – século XVII).








Um Pouco de Cinema....[2]

A primeira exibição pública de um filme, A Chegada do Trem à Estação de Ciotat, é realizada em 28 de dezembro de 1895, em Paris, pelos irmãos Auguste (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948). Os dois franceses haviam criado o cinematógrafo, aparelho capaz de exibir imagens em movimento, e são considerados os inventores do cinema.






segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Grafite [1]

O grafite, que alguns preferem denominar com o nome de origem – Graffiti; muito presente nas cidades, é uma manifestação da Arte na rua, mas que tem ganho espaço nas galerias,  ou mesmo participando de projetos ousados como o que envolveu os brasileiros Os Gêmeos, Nina Pandolfo e Nunca, convidados a grafitar o castelo de Kelburn,  em Ayrshire, na Escócia, construído no século XIII.




 


O grafite aponta a liberdade de expressão. No lado ocidental do muro de Berlim, por exemplo, ele imperava, enquanto que o lado oriental ostentava paredes limpas de qualquer marca. Pichação e grafite têm pontos comuns, mas diferem em relação a uma intencionalidade também estética. O desafio do grafite não é pichar lugares proibidos, difíceis ou quase inacessíveis, mas dialogar com a cidade.





Sua origem remonta ás paredes das grutas Pré-históricas, aos murais da Antiguidade. No século XX, os pintores mexicanos Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros preocuparam-se com uma Arte que pudesse falar ás multidões. Na década de 1950, Portinari, Di Cavalcanti, Clovis Graciano, entre outros marcaram a historia da Arte Brasileira e Universal com seus murais. Um passo para o grafite, que também sofre influencias da Pop-Art.


Murais e grafites provam que a Arte sempre foi desejosa do contato com o público. Sem ele a obra não se realiza. Entretanto. O termo arte pública, criado na década de 1970, tem sido utilizado para indicar obras que estão fora dos espaços tradicionais de exposição, sendo expostas ou acontecendo em lugares públicos, em caráter transitório ou perene. Para Teixeira Coelho ¹, “[...] um dos fatos necessários a plena caracterização da arte publica é o fato de oferecer-se como possibilidade de contato direto, físico, afetual com o publico” também indica a tendência da Arte Contemporânea de se voltar para o espaço, qualquer que seja ele .



¹TEIXEIRA COELHO,  José. Dicionário Critico de Política Cultural . São Paulo: Iluminuras , 1999. P. 50.



Texto extraído do Caderno do Professor -  1º ano volume I; Currículo do Ensino Médio do Estado de São Paulo, 2010.



Grafite [2]

Alexandre Órion    [São Paulo/SP, 1980]

Artista plástico. Formado em Artes Visuais, desde 1995 trabalha com grafite e outros tipos de intervenção urbana*, envolvendo-se também com fotografia. Em Ossário, de 2006, inova no uso de materiais ao desenhar caveiras por meio da "limpeza" da fuligem impregnada em alguns tuneis  da capital paulista. Com dezenas de pedaços de pano, Órion desenhou caveiras limpando as paredes internas de alguns túneis; só no túnel Nove de Julho foram 13 madrugadas de trabalho intenso. São mais de 3 mil caveiras em 250 metros de extensão.


















*Intervenção Urbana [aguardem teremos um post exclusivo sobre esse assunto!]








Texto extraído do Caderno do Professor -  1º ano volume I; Currículo do Ensino Médio do Estado de São Paulo, 2010.

Grafite [3]

Os Gêmeos    [São Paulo/SP, 1974] 

Otávio e Gusmão Pandolfo, gêmeos idênticos, iniciaram como grafiteiros no final da década de 1980, no bairro do Cambuci (zona sul de São Paulo), onde nasceram. Participaram do auge do movimento hip-hop, fazendo grafites e apresentações de break dance, um tipo de dança de rua. Hoje, distanciados daquele movimento, continuam com seus grafites espalhados pelo mundo. Seus desenhos são elaborados. Os personagens são representados com estampas marcantes, ora parecem ter saídos de sonhos, ora retratam a dura realidade brasileira. Entre outros projetos e exposições, participaram do filme Ginga - a alma do futebol brasileiro, com produções do cineasta Fernando Meireles.







Texto extraído do Caderno do Professor -  1º ano volume I; Currículo do Ensino Médio do Estado de São Paulo, 2010.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

LER devia ser PROIBIDO!

Olá queridos...
gostaria de agradecer o carinho e aos meus 34 seguidores...

é realmente bom estar aqui e conversar um pouco com vocês sobre este universo maravilhoso e fascinante que é a Arte....


Hoje estou postando um video que fala um pouco do que fazemos em nossas aulas: LER.
A leitura está presente em tudo na nossa vida, mas para que ela serve?
Ler é importante?

No mundo atual a leitura verbal e a não verbal (imagens) são desnecessárias;  não é? [ou é?]


Que tal assistirmos juntos esse video que tenta em alguns minutos provar que LER DEVIA SER PROIBIDO....









CUIDADO!!!!
Ler pode tornar as pessoas perigosamente mais HUMANAS!

domingo, 10 de outubro de 2010

PERSONA

Tenho pouca memória, por isso já não sei se era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em cena, pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir.
Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações sensíveis de seu rosto, e que a máscara as esconde. Por que então me agrada tanto a idéia de atores entrarem no palco sem rosto próprio? Quem sabe , eu acho que a máscara é um dar-se tão importante quanto o dar-se pela dor do rosto. Inclusive os adolescentes, estes que são puro rosto, à medida que vão vivendo fabricam a própria máscara. E com muita dor. Porque saber que de então em diante se vai passar a representar um papel é uma surpresa amedrontadora. É a liberdade horrível de não ser. E a hora da escolha.
Mesmo sem ser atriz nem ter pertencido ao teatro grego – uso uma máscara. Aquela mesma que nos partos de adolescência se escolhe para não se ficar desnudo para o resto da luta. Não, não é que se faça mal em deixar o próprio rosto exposto à sensibilidade. Mas é que esse rosto que estava nu poderia, ao ferir-se, fechar-se sozinho em súbita máscara involuntária e terrível. É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E solitário. Mas quando enfim se afivela a máscara daquilo que se escolheu para representar-se e representar o mundo, o corpo ganha uma nova firmeza, a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é.
Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar.
É que depois de anos de verdadeiro sucesso com a máscara, de repente – ah, menos que de repente, por causa de um olhar passageiro ou uma palavra ouvida – de repente a máscara de guerra de vida cresta-se toda no rosto como lama seca, e os pedaços irregulares caem como um ruído oco no chão. Eis o rosto agora nu, maduro, sensível quando já não era mais para ser. E ele chora em silêncio para não morrer. Pois nessa certeza sou implacável: este ser morrerá. A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”. Como pessoa teve que passar pelo caminho de Cristo.


[Clarice Lispector - a Descoberta do Mundo]

sábado, 9 de outubro de 2010

A Inspiração

A Arte não tem forma


Não tem sexo

Não tem trilhos




Os brilhos


são flashes


da inspiração





A mão do ser


está no peito


e arde em frases



Tintas e movimentos


confundindo-se no ar


mistificando emoções





Enquanto Deus


serei Poeta


enquanto Flor


serei Ateu



Enquanto Morte


serei o Fim


enquanto Vida


Eternidade



Enquanto Arte


serei o Tudo


o Total





Que eu possa Ser


Sem nunca

Prender-me a nada.






de: Eduardo Proffa


livro Ecos da Cidade